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Alteração no peso pode ser sintoma de disfunção na  tireoide

Procurar um especialista é fundamental para diagnóstico da doença, que tem tratamento

por Mariana Bueno

 
 

Ganhar ou perder muito peso rapidamente pode ser um sinal de que a glândula  tireoide  não esteja funcionando muito bem. Mas como os sintomas são inespecíficos e compatíveis com outras doenças, como a anemia, a depressão e o cansaço, seja por excesso de trabalho ou atividades físicas, o diagnóstico acaba se tornando mais difícil. “Mas estes não são os únicos sintomas. E é importante salientar que nem sempre a perda ou ganho de peso tem relação com a disfunção na  tireoide. Pode ser também outro problema de saúde. O ideal é sempre procurar um especialista, neste casoum  endocrinologista,  para realizar um diagnóstico completo”, explica o endocrinologista Celso Melo, do Hospital Belo Horizonte.

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O exame mais indicado para o diagnóstico da disfunção é o TSH, que tem como material recolhido o sangue. “Caso necessário, este exame deve ser complementado pelo T4 Livre e pelos anticorpos antitireoidianos presente no sangue. Outra forma de detectar a doença é por ultrassom, mas este diagnóstico é utilizado apenas quando já é percebida a alteração no tamanho da glândula  tireoide.

A disfunção pode ocorrer de duas formas: o hipotireoidismo e o hipertireoidismo. “Em casos de hipotireoidismo, que é mais comum, a função da  tireoide  fica diminuída e a pessoa apresenta sonolência, desânimo, sinais de depressão e alteração no peso. Já em quadros de hipertireoidismo, há um aumento da produção de hormônio pela glândula, podendo gerar insônia, agitação, estresse, cansaço e perda de peso”, alerta o médico.

O aparecimento do problema é mais comum em mulheres, embora, segundo o médico, não haja uma causa específica para isso. E pode ocorrer em todas as faixas etárias, sendo mais comuns em jovens e adultos com idade entre 20 e 30 anos, além de idosos.

Ele diz que não há uma disfunção mais grave do que a outra. “Mas os efeitos do hipertireoidismo são mais desgastantes para o paciente. Já o hipotireoidismo é diagnosticado facilmente e as reações do organismo são menos debilitantes”, afirma. O tratamento de cada caso também é diferente. “O hipertireoidismo é tratável com cirurgia, remédio ou iodo radioativo. A escolha do tratamento depende do caso do paciente. Já para pessoas que possuem o hipotireoidismo, o tratamento indicado é a reposição hormonal diária, por meio de comprimidos tomados por via oral. Na maioria dos casos o medicamento deverá ser tomado durante toda a vida, mas dependendo do nível de destruição da glândula  tireoide  pelos anticorpos, observada no acompanhamento médico, os níveis hormonais podem ser regularizados.

Se o tratamento não for feito da maneira adequada, pode desencadear outras disfunções no organismo, como a alteração no colesterol, no peso e no estado emocional de pacientes com hipotireoidismo; e insuficiência cardíaca e osteoporose, em casos de hipertireoidismo. Por ser uma doença autoimune, não há forma de prevenção. O mais importante, em todos os casos, é manter uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis.

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